Prisoner - cap 3

POV NICK

- Obrigada Sr Bieber. –agradeço a carona.

Desde o ocorrido no quarto da Jas, ele não me dirigiu a palavra. Ele ainda esta com raiva. Eu sinto. 

- De nada Srta. Fox. –diz com frieza. 

Kenny abre a porta pra mim. Não me movo. É isso? Ele vai ficar com raiva de mim sem ao menos dizer o por quê? 

- Sr Bieber, eu não fiz por mal. - sussurro. –Me desculpe. 

Justin pega minha mão e beija brandamente. Sinto-me aliviada, isso mostra que ele não esta tão raivoso como antes.

- Esta tudo bem Srta. Fox. –sorri gentil. –Agora vá.

Balanço a cabeça e saio do carro, parando para olha-lo. 

- Tchau e obrigada Sr Bieber. 

- De nada Srta, nos vemos em breve. –ele acena. Kenny volta ao seu posto, dando partida. Aceno de volta.

Vemos-nos em breve Sr Bieber.

(...)

Chego em casa no meu horário de sempre, 19h30min, cansada e feliz. Jas esta jogada no sofá se esbaldando no chocolate. 

- Oi. –digo, feliz... Animada? 

Efeito Bieber.

- Oi. –me olha com a testa franzida. – Você esta bem?

- Sim, estou cansada e feliz. Eu acho.

- Hmm, comesse a falar mocinha. – Jas me olha atenta.

- Bom, eu conheci o irmão do Heitor. 

- O que? Mas, ele só vem amanha. –ela diz confusa.

- Ele chegou hoje e ele é sócio do mercado sabia?

- Não... Ual! –ela exclama. 

- Ele me trouxe em casa. 

Enrubesço.

-Por que? O que aconteceu?

- Tive um incidente hoje de manha. –Jas arregala os olhos. – Meu guarda chuva quebrou no meu do caminho e levei dois banhos de agua suja. –Jas reprime a risada. –Fui trabalhar mesmo assim. Ele me viu naquele estado e me trouxe para trocar de roupa.

- Ual.

- Ele é bem atraente. –digo baixo.

- E estranho. –ela completa.

-Onde esteve? –pergunto-lhe.

- Com o Heitor. –ela sorri toda apaixonada. Reviro os olhos, rindo fraco.

- E eu ainda pergunto. –balanço a cabeça. –Vou tomar banho.

Meu dia, pela primeira vez em muito tempo teve algo surpreende. Começou trágico, mas tudo melhorou depois da aparição dele. 

Ah Bieber...

A agua quente relaxa meus músculos e me deixa sonolenta. Graças a Deus, não vou precisar ir para a faculdade. Como essas são as ultimas semanas e já fizemos as provas, agora é só esperar os resultado.

Enquanto me enxugo, ouço a campainha. Heitor. Ele sempre vem ver a Jas nesse horário. 

Coloco minha calça de moletom preta e uma regata branca, apesar de estar frio, sinto meu corpo quente, muito quente. Saio do quarto e me deparo com o Sr Bieber, sorrindo sensualmente de calça jeans, supras e um casaco enorme.

Ual! Ele está tão descontraído. Diferente do Sr Bieber que conheci de manha. 

- Oi. –digo finalmente.

- Olá Srta. Fox. 

- Hm... O que faz aqui? 

- Estou acompanhado o Heitor. –ele responde.

-Ah! –exclamo. Ele sorri pra mim e toca meu cabelo, cheirando em seguida, como havia feito de manha. 

Que gostoso.

- Vamos para sala. –seus longos dedos tocam minha mão, enlaçando. Seu toque me acende. 

-Ah Nick, vejo que já conheceu meu irmão. –diz Heitor, um tanto malicioso, observando nossas mãos enlaçada.

Rapidamente solto minha mão. Ele me olha sem entender. 

- É. Já conheci sim. –digo ruborizada.

Percebo que tem duas garrafa de vinho na mesa de centro.

- Quer vinho? –Heitor pergunta.

-Hm, não! Vou comer alguma, estou com fome. –digo. –Licença.

Caminho até a cozinha. Abro a geladeira e vejo que ainda tem lasanha que eu havia feito ontem. Parto um pedaço e coloco pra esquentar.

-Eles são sempre assim?

Assusto-me ao ver Justin ao meu lado. Nossa, como estou distraída.

- O que? –pergunto confusa.

- Os dois lá na sala, são sempre grudados?

- Sempre. –rio fraco. –Já me acostumei. 

- Vou ficar com você, se não importa. 

Assenti.

- Hm, quer lasanha?

- Não, obrigada. –ele sorri cortês.

Bieber se senta, apoiando o cotovelo no balcão, degustando seu vinho. 

- Você não bebe? 

Sua voz fica rouca de repente.

-Raramente.

O micro-ondas apita. Pego meu prato e coloco na bancada, sento ao lado do Bieber, um pouco afastada. Começo a comer. Depois de algumas garfadas, o olhar de Bieber começar me deixar sem graça. 

- Você está me deixando sem graça. –murmuro.

-Desculpe. –ele ri fraco. –Vou para o seu quarto, preciso fazer uma ligação. Importa-se?

-Não, claro que não.

-ótimo. –ele sorri pegando sua taça e se retira.

Que homem lindo, meu Deus. Perfeição em pessoa. Solto um suspiro alto e termino de comer. 

-Hmm, então você já esta de olho no meu irmão, né safadinha? 

Heitor faz graça quando saio da cozinha.

-Claro que não. –digo ruborizada.

- Acho que ele tá afim de você. 

- Está? –tento conter minha empolgação. 

-Tudo indica que sim. 

Ele esta afim de mim? Ai meu Deus. 

- Vou pro meu quarto. Tchau. 

Vou pro quarto apresada. Justin esta sentado na minha cama interdito com o celular, sem o casaco o chique. 

Sento ao seu lado. Ele deixa seu celular de lado e me fita. Ele é lindo demais. Seus olhos escurecem, fica sombrio e muito assustador.  Ele morde levemente o lábio e me olha como se fosse me devorar.       

Estremeço. Ele esta me assustando. 

-Você realmente linda Srta. Fox.

-Obrigada. O senhor também é lindo. –digo sem graça.

Ele sorri de lado e coça o queixo. Meu Deus!

-Obrigada Srta. Fox.

Ficamos em silencio. Ah Justin, fale comigo. Gosto de ouvir sua voz. 

-Quantos anos tem, Nicole? 

-22, e o Senhor? 

- 27. Você namora? 

- Não. –respondo ruborizada. –E o senhor? 

-Não. Não quero saber de namorada. 

Ah. 

Ele é gay? Não, claro que não. Ele não parece ser gay. Minhas esperanças se afogam no mar da decepção. 

Que idiota, acha mesmo que ele namoraria com você? 

Meu subconsciente me repreender.

-Não quer mais vinho? –pergunta-me.

- Não senhor. 

Ele assente e toma mais um gole. Seus lábios ficam mais rosado do que já é e muito mais convidativo. 

Oh Justin, me beije por favor. 

Aproximo-me, ficando a pouco centímetros de seu corpo. Ele percebe minha intenção e balança a cabeça. 

Não Justin! Por favor, me beije.

-Eu não vou beija-la Srta. Fox. –ele diz como se tivesse lido meu pensamento.  Logo, me sento humilhada. Ele me rejeitou. 

-Desculpe. –peço. Ele se levanta rapidamente pegando seu casaco. 

- Já vou indo. Diga ao Heitor ligar para o Kenny para vim busca-lo. 

Assenti. Ele sai do quarto sem ao menos dizer um tchau. Levanto-me e tranco a porta, encostando na mesma.

Lagrimas acumulam em meus olhos. Estou com raiva de mim, por ter sido tão estupida. É claro que ele não ia me beijar. O que um homem como ele ia querer com uma mulher como eu? 

Isso é ridículo. Ele me rejeitou e isso é frustrante. E pela primeira sinto a dor da rejeição. Não quero vê-lo nunca mais. 

O que devo agora é esquecê-lo.